sexta-feira, 17 de maio de 2013

Benfica: A glória e a maldição de uma águia

O Sport Lisboa e Benfica é o clube mais vitorioso do futebol português e tem a maior torcida do país. Conforme as últimas estatísticas, há cerca de 14 milhões de benfiquistas no mundo todo. O clube teve o seu grande momento na década de 1960, quando contou com o talento do inesquecível Eusébio.

O símbolo da equipe é a águia Vitória, que protagoniza uma tradição bastante peculiar: antes de jogos em casa, o pássaro sobrevoa o Estádio da Luz e pousa sobre o escudo do clube, completando-o com a sua imagem. Diz a lenda que, se a ave der duas voltas no estádio, o Benfica vencerá a partida. Caso só dê uma, a vitória será da equipe visitante.

O nascimento de uma instituição
O Benfica foi fundado por ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa em 28 de fevereiro de 1904. Reunidos nos fundos da Farmácia Franco, eles também definiram que as cores seriam o vermelho e branco, que o símbolo seria uma águia (representando autoridade, independência e nobreza) e que o lema seria"E Pluribus Unum" ("De muitos, um").

Com vocação poliesportiva e sociocultural, o clube foi pioneiro em 1919 ao realizar a primeira partida noturna com iluminação artificial em toda a Península Ibérica. No período entre guerras, a equipe cresceu em popularidade e chegou a ter 41 filiais em todo o país e muitas outras nas colônias lusas.

O surgimento de um mito
A chegada de Joaquim Bogalho à presidência e a contratação do brasileiro Otto Glória como treinador levaram à modernização e à profissionalização do clube, que inaugurou o antigo Estádio da Luz em 1954. Na mesma temporada, o Benfica encerrou o domínio de quatro anos do Sporting no campeonato nacional.

O clube encarnado estava esquentando os motores para iniciar uma década de ouro, que justificou a ampliação do estádio para receber 80 mil espectadores. Comandado pelo húngaro Bela Guttmann, o Benfica venceu a liga nacional em 60 e 61, ano em que também conquistou pela primeira vez a Copa dos Campeões, precursora da Liga dos Campeões da UEFA, após derrotar o Barcelona por 3 a 2.

Um ano depois, e já com Eusébio como destaque, o clube luso repetiu o título europeu ao derrotar o Real Madrid de virada. O Pantera Negra marcou dois gols para garantir o 5 a 3 com o qual o Benfica conquistou o bicampeonato. Por outro lado, o título da Copa Intercontinental escapou em ambas as vezes: primeiro para o Peñarol e depois para o Santos de Pelé.

Após as grandes conquistas, Guttmann pediu um aumento que não apenas foi rejeitado, como também levou à sua demissão. O treinador deixou o clube com uma sentença: nos cem anos seguintes, o Benfica não voltaria a ser campeão europeu. As palavras dele tornaram-se uma espécie de maldição. Desde então, a equipe chegou cinco vezes à decisão do maior torneio europeu de clubes, mas perdeu todas elas.

A década de 1970 foi de supremacia em casa, com seis títulos do campeonato nacional e dois da Taça de Portugal. Na temporada 72/73, a equipe conquistou a liga com a melhor campanha da história: 28 vitórias, dois empates, nenhuma derrota, 101 gols marcados e apenas 13 sofridos. O Benfica foi o primeiro campeão nacional invicto e até hoje nunca teve aqueles números superados.

Os anos 80 foram marcados por altos e baixos e pelas duas passagens do treinador sueco Sven Goran Eriksson, com quem o time conquistou duas vezes o campeonato nacional e a Taça de Portugal, mas sem conseguir quebrar a maldição na Europa — perdeu as decisões da Copa da UEFA em 82/83 e da Copa dos Campeões em 89/90.
Fonte: FIFA.com

A MALDIÇÃO CONTINUA...

Nesta quarta-feira (15) aconteceu em Amsterdan, a final da Liga Europa entre Benfica e Chelsea. O time inglês venceu por 2 a 1 e acabou conquistando o título da competição europeia.

Todos os gols do jogo saíram no segundo tempo. Torres abriu o placar para o Chelsea, Cardozo empatou e nos acréscimos o zagueiro Ivanovic marcou o gol da vitória. 

A título da Liga Europa é inédito na história do Chelsea, que já havia conquistado a Liga dos Campeões do ano passado, também pela primeira vez. E se torna o único a unificar os títulos em sequencia.

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